segunda-feira, 31 de outubro de 2011

O atestado de incompetência da Segurança Pública do estado do Rio de Janeiro


O estado do Rio de Janeiro assina esta semana o atestado de incompetência, em relação à Segurança Pública, com pena de ouro.  Ameaçado de morte por milicianos, o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) deixará o Brasil na terça-feira, com a família, a convite da Anistia Internacional. O parlamentar vai para a Europa, mas o país de destino e o tempo de permanência no exterior estão sendo mantidos sob sigilo.
Esse “exilio” lhe foi imposto devido a incapacidade, ou desinteresse do estado em garantir a segurança física do deputado, pois a  Coordenadoria de Inteligência da Polícia Militar, o Ministério Público e o Disque-Denúncia registraram, em pouco mais de um mês, sete denúncias de que várias milícias estão preparando o assassinato de Freixo.
Marcelo Freixo foi presidente da CPI das Milícias, que, em 2008, provocou o indiciamento de 225 pessoas, entre políticos, policiais militares e civis e bombeiros.
Freixo fez ainda duras críticas ao poder público, que classificou como "inoperante e reativo Ele citou o assassinato da juíza Patrícia Acioli, morta por policiais militares, em agosto, para justificar a decisão de sair do país. ""Sobre as ameaças, nunca recebi retorno das providências tomadas. Esse não é um problema meu, não é particular. Patricia Acioli recebeu várias ameaças e nada foi feito. O poder público é reativo e inoperante", afirmou Freixo referindo-se à juíza Patrícia Accioli, executada a tiros por milicianos na porta de casa, em Niterói, na Região Metropolitana recentemente.
 Em entrevista ao GLOBO, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, admitiu o problema das milícias. Já a corregedora Nacional de Justiça, a ministra Eliana Calmon, afirmou à reportagem que milicianos estão por trás da maioria dos casos de violência contra os magistrados brasileiros. Por isso, ela iniciou uma força-tarefa nos 27 estados para tentar identificar e punir grupos paramilitares.
O governo do estado tem informações sobre os planos de execução de Freixo, as quais envolvem, na sua maioria, milicianos da Zona Oeste do Rio e da Ilha do Governador. Segundo um jornal, um ex-policial foragido do presídio da PM receberia cerca de R$ 400 mil para matar o parlamentar. A quantia seria paga pelo ex-soldado da PM e miliciano Tony Angelo, conhecido como Erótico. A dupla já estaria a par de detalhes da rotina de Freixo, incluindo o horário em que ele anda sem seus seguranças. Há relatos também que um grupo paramilitar, formado por elementos da PM do Rio de Janeiro, se reuniu na Cidade de Deus, com o objetivo de acertar os detalhes do assassinato.
Procurada por várias mídias, no entanto a Secretaria estadual de Segurança Pública não quis comentar as denúncias contra Freixo e a saída dele do país.
O cineasta José Padilha (diretor dos Filmes Tropa de Elite 1 e Tropa de Elite 2) No dia 17/10, já expôs, durante ato público o qual chamava a atenção para as ameaças de morte recebidas por Freixo, na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ), uma nota em que a Secretaria de Segurança pública do Estado do RJ afirma não ter recebido qualquer informação sobre planos para executar o deputado. Apesar da suposta contradição, o órgão preferiu não responder aos questionamentos sobre o caso.
Eu tenho vergonha de um governo onde um cidadão tem que ir para o exterior para proteger. Quem tinha que deixar o Brasil é o governador Sérgio Cabral, chefe da milícia em que se transformou o Rio de Janeiro.
Veja abaixo um vídeo no qual o prefeito Eduardo Paes, do mesmo partido do governador Sérgio Cabral, defende as milícias. E é o Freixo que tem que sair do país.











domingo, 30 de outubro de 2011

Secretaria de Segurança do estado do Rio de Janeiro vai contratar 500 professores.


Professores universitários e profissionais experientes estão na mira da Secretaria de Estado de Segurança, que vai lançar amanhã seu Banco de Talentos, para cadastrar interessados em dar aulas nos cursos de formação de policiais. O órgão vai investir R$ 23 milhões no programa de docência, com o objetivo de reforçar o ensino e a qualificação dentro da instituição policial.
- Hoje, pessoas de dentro da própria corporação dão aulas nas academias. Só que é um processo muito informal, sem o devido reconhecimento e pagamento. Criamos uma estratégia bastante inovadora no âmbito da segurança para profissionalizar o sistema - explica a subsecretária de Ensino e Programas de Prevenção da Secretaria de Segurança, Juliana Barroso.
Objetivo é formar pessoal em várias áreas
A perspectiva é de contratar 500 professores, e boa parte deles já começaria a trabalhar em janeiro de 2012, quando serão abertas 60 turmas do curso de formação de soldados. Quem tiver diploma de graduação ganhará R$ 65 por hora/aula, enquanto o professor sem diploma de nível superior, receberá R$ 52, o que equivale a 80% do valor total. Pós-graduação, mestrado ou doutorado, por sua vez, darão direito a adicionais de 10%, 20% e 30%, respectivamente.
Não há restrição de formação, mas existem áreas temáticas que serão privilegiadas, como gestão, sociologia, psicologia aplicada à segurança e questões mais ligadas à prática, como preservação do local de crime e abordagem.
- Mas gostaria que todo profissional especializado em segurança pública quisesse compartilhar seu talento conosco e se cadastrasse no banco de currículos - afirma a subsecretária, que espera que haja pelo menos dois mil cadastros até o dia 30 de novembro, quando o processo seletivo se encerra. - Uma forma que encontramos para atrair os candidatos de fora foi oferecer uma remuneração até R$ 15 mais alta do que a média das universidades públicas.
Após análise de currículo por comissões formadas pelos diversos segmentos da polícia, os candidatos serão convocados a comprovar, através de documentos, as informações enviadas pelo site de cadastro. Depois, eles terão que apresentar uma aula expositiva, que vai habilitá-los a um processo de capacitação e treinamento com duração de 16 horas/aula.
Equipe ajudará a qualificar também para a Copa 2014
- Nós temos uma coordenação pedagógica que vai orientar esses docentes, que não necessariamente tiveram experiência de sala de aula. Também é preciso mostrar como tornar o conhecimento mais próximo da realidade do policial - diz Juliana, ressaltando que é necessário um mínimo de preparação para lidar com esse público específico. - É preciso ter sensibilidade para trabalhar com policiais e entender as questões que eles sofrem no dia a dia. Também espero que os docentes tenham criatividade em sala de aula.
O projeto de contratar 500 professores para melhorar a formação policial se encaixa na política estadual de enfrentamento de violência, mas também visa aos futuros eventos esportivos que o Rio de Janeiro vai sediar. Em março, por exemplo, a corporação vai dar início a qualificação específica para a Copa do Mundo de 2014, cujo conteúdo programático está sendo elaborado e no qual serão empregados os profissionais inscritos no Banco de Talentos.
- Nosso objetivo é ter uma formação continuada e capacitar não apenas os novos policiais, mas a geração que já está nas ruas e precisa de atualização.Vamos fazer de tudo para construir esse novo modo de fazer segurança pública que nós tanto queremos - conclui a subsecretária.
Abaixo, as normas para participar do processo seletivo:
INSCRIÇÕES: De amanhã até 18 de novembro será possível se cadastrar no Banco de Talentos da Secretaria de Estado de Segurança, através do site www.bancodetalentos.seseg.rj.gov.br. Profissionais de todo o Brasil e das mais diversas áreas podem se inscrever.
REMUNERAÇÃO: Quem tiver diploma de graduação ganhará R$ 65 por hora/aula. Se o professor não tiver diploma superior, receberá R$ 52. Docentes com pós-graduação, mestrado ou doutorado terão adicionais de 10%, 20% e 30%, respectivamente.
INVESTIMENTO: O governo do Estado está liberando R$ 23 milhões por ano para o projeto, que prevê a contratação de 500 profissionais. Os professores serão empregados por contrato temporário.
ATUALIZAÇÃO: A Seseg vai abrir chamada pública anualmente, permitindo que novos profissionais se cadastrem.



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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

PM do Rio promove oficial que espirra spray de pimenta nos olhos de crianças.






             
   Flagrado em março deste ano espirrando um spray de pimenta nos olhos de manifestantes em Niterói, entre eles duas crianças e a avó delas, o  ex-capitão, atual major da PM Bruno Schorcht, transferido do 12º BPM para o 20º BPM há 45 dias, saiu com uma promoção da denúncia oferecida por promotores do Ministério Público.
As duas crianças e a avó delas protestavam contra o descaso do poder público após a tragédia no Morro do Bumba. 
De acordo com o boletim 162 da PM, o major PM Bruno Schorcht, havia  sido transferido do 12º para o 20º Batalhão de Polícia Militar (BPM), distante portanto da região de Niterói, onde o oficial foi flagrado junto com o soldado D’Angelo de Matos Pinel espirrando a substância em duas crianças, de 6 anos e 7 anos, além da mãe deles, que também aguardavam o pagamento do aluguel social destinado às famílias vítimas do desabamento. O Batalhão de Polícia Militar (BPM) para o onde o oficial foi transferido responde pela área dos municípios de Nova Iguaçu, Nilópolis e Mesquita,
O Ministério Público Estadual ainda requereu, em sua  denúncia, judicialmente, uma concessão de medida cautelar, na qual solicita que os envolvidos  sejam  suspensos imediatamente de suas funções policiais,  até que o processo seja concluído. Segundo o  MP a medida “é extremamente necessária, porque os policiais militares denunciados demonstram que não têm vocação e aptidão para o exercício de função tão importante que é a de policiamento ostensivo”. Mas tal requerimento não surtiu qualquer efeito prático, até o momento.
O major da PM Bruno Schorcht também responde,  desde o começo do ano, a outro processo criminal junto ao Tribunal do Júri de São Gonçalo, por suposto crime de homicídio duplamente qualificado, em atividade típica de extermínio.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

MANUEL DE REDAÇÃO

 Errar é umano, mas brincadeira tem ora    
     
Há erros que não podem acontecer em jornalismo. No meu início de carreira o editor bradava a pleno pulmões na redação ao detectar um determinado erro que aquilo era como um cirurgião ter esquecido o bisturi na barriga do paciente. Errar na redação era algo inconcebível e muitos temiam parar na guilhotinha (um aparelho em desuso que servia para cortar o bloco de papel utilizado nas máquinas de escrever. Tanto papel para escrever como máquina datilográfica são coisas do passado) ou melhor dizendo, no olho da rua.
     
       Por outro lado (por outro lado era uma forma bacana de escrever - bacana era algo entre o aceitável e uma gíria - dando ao leitor a impressão de que o autor do texto era alguém muito especial, pois fora dos jornais, mas ninguém usava esse maneirismo). Um dia, o editor — não sei se o mesmo — exausto em ver o jornal apinhado de "por outro lado" proibiu a sua utilização em todas as editorias do jornal.

      Todavia, contudo, porém a vida seguiu com o jornal e também os outros cometendo seus erros diários e vez por outra, alguém esquecendo o bisturi na barriga do paciente. Algo como chamar Manual de Redação de Manuel de Redação.

     Felizmente, ao contrário do mundo da perfeição de um jornalismo utópico, muitas lambanças são e continuarão sendo cometidas. Diante disso, algum sábio trocou o nome do curso superior (não tão superior na análise de alguns) para Comunicação Social. Isso significa que mas do que Jornalismo, o profissional da área deve ser um comunicador. Se o leitor — na maioria das vezes, se o leitor, pouco escolarizado ou mesmo com cursos superior, não tão íntimo da Língua Portuguesa ou talvez preocupado com coisas mais importantes — entendeu a mensagem, o recado foi dado e o objetivo cumprido.

     E na maneira de escrever, o fundamental é saber prender o leitor. De preferência que ele leia o que Mr. Lead recomendou (as quatro ou cinco linhas iniciais da matéria, se houver necessidade seis, mas não mais que isso). Nessas seis linhas, você terá de ser capaz de pedir o parceiro ou parceira em casamento, convencer que você é o cara ou a cara, explicar que sua conta bancária não é das melhores, mas está em franco crescimento e no final de tudo receber um SIM.

     Vencido o desafio do Lead você corre para um abraço e vai para o Sub Lead. É preciso não esmorecer. Muitas vezes tudo pode ir por água abaixo nessa sequencia. Ela costuma ser trágica, justamente quando o que vem escrito contradiz o que foi dito anteriormente, na melhor linha Raul Seixas de "eu prefiro dizer o oposto do que disse antes". Em muitos casos, na redação da notícia não é de bom tom se tentar ser a tal de "metamorfose ambulante". O leitor pode não gostar e o editor muito menos ainda.

   Na hora da notícia é prioritário não chamar Manuel de Manoel (esse simples u pode ser objeto de uma queixa do famoso cidadão ao comandante do seu barco. Pior ainda se a queixa for direta ao patrão. Pior ainda se o Manuel Pereira Sardinha for companheiro do jogo de peteca na praia de Ipanema com o ilustre empresário das Comunicações que garante o seu suado dinheiro do final do mês).

  Erre tudo. Erre a capital da Inglaterra, o nome do papa, do ministro de qualquer coisa, mas não erre o nome do melhor amigo do homem.

  Por isso, é importante não confiar na memória. Depois de escrever o Lead é fundamental rever, rever e rever. Saia tome um cafezinho ou beba uma água e faça nova revisão. Se você apresentar o Manual de Redação como Manuel de Redação a sua credibilidade pode ser posta a prova. É como no futebol: você é o maior roubador de bola da equipe. O faz tudo. Corre pelos cracaços. Ganha salário inferior e não reclama. Marca o adversário em cima. Mas, quando o time perde, o que todos vão falar é a da sua má qualidade no passe.

 Você — no melhor estilo do jornalismo investigativo — descobre a falcatrua de um ministro (nos últimos tempos já não é tão novidade assim). De qualquer forma, é algo importante para o seu veículo. Mas, se na hora do pênalti você não estiver bem preparado o mundo pode desabar aos seus pés.

E independente da idade você ouvirá sua vó, sua mãe ou alguém na vizinhança cantando uma velha canção da Maísa: "Meu mundo caiu e me fez ficar assim. Você conseguiu e agora diz que tem pena de mim...".

Esse você consegui será sempre um sujeito indeterminado, oculto ou mais do que presente. Você culpará o pai e a mãe por não o terem colocado em uma boa escola. Culpará a família por não serem aqueles tradicionais que passam os gens de pais para filhos, muitos enriquecendo sem necessidade de trabalhar. Você culpará o modelo econômico, o capitalismo, a democracia mambembe, os professores, os amigos, o cachorro e o papagaio. Nada disso adiantará. No fim de tudo, só servirá o consolo da canção: "Se meu mundo caiu. Eu que aprenda a levantar".
--
Mauricio Figueiredo

No Complexo do Alemão, alerta do Exército soa como toque de recolher. O estado está tratando 100% da população de uma região como potencial criminoso


Alerta do Exército soa como toque de recolher

Carro de som esvazia ruas no Alemão, explica como os moradores devem agir em operação e avisa que ‘ação contrária será considerado ato hostil e receberá a resposta’

POR ROBERTA TRINDADE
Rio – Um jipe do Exército com alto-falante anunciando regras de comportamento à população durante operação causou tensão ontem à tarde na Pedra do Sapo, no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio. As mensagens soaram como espécie de toque de recolher e logo a maior parte das ruas ficou vazia.
Na gravação, uma voz grave orientava: “Senhores moradores, o Exército Brasileiro está realizando um mandado judicial em cumprimento da lei. Fechem suas portas e janelas e aguardem orientação. Quando solicitado, abra a porta e aja de maneira educada. Obedeça a todas as instruções. Qualquer ação contrária será considerada como ato hostil e receberá a resposta necessária”.
Foto: Maíra Coelho / Agência O Dia
Militares femininas revistaram bolsas de mulheres que circulavam pela comunidade Pedra do Sapo, no Alemão, em busca de armas e drogas | Foto: Maíra Coelho / Agência O Dia
Simultanemente, militares num helicóptero lançavam panfletos pedindo aos moradores que denunciassem bandidos, armas, drogas e explosivos. Na ação, dois fuzis, parte de metralhadora e drogas foram apreendidos.
Uma outra gravação pedia a colaboração da população e usava a seguinte frase: “As tropas da Força de Pacificação estão presentes nesta comunidade para proteger você e sua família”. A ação teve apoio de policiais militares do Batalhão de Campanha e de agentes da 22ª DP (Penha) para cumprir mandado de busca e apreensão genérico, que englobava a área da Pedra do Sapo.
O mandado foi expedido pela juíza Renata Palheiro Mendes de Almeida, no plantão judiciário do último domingo. Moradoras eram revistadas por militares femininas.
Alguns moradores das ruas Itajoá, Antônio Rêgo e Itacorá não alteraram a rotina. A poucos metros dos militares do Exército, sentada na calçada, alheia à movimentação, dona de casa bebia refrigerante.
Diretora da ONG Justiça Global, Sandra Carvalho disse que vai denunciar o caso ao Ministério Público Federal.
“É um exagero. Esse tipo de ação violenta os direitos humanos dos moradores e indica um olhar criminalizador que se tem contra as favelas”.
Cão acha parte de metralhadora em parede falsa
“O Serviço de Inteligência do Exército fez um levantamento e nos encaminhou. Fizemos a representação pelo mandado de busca e apreensão e a Justiça concedeu. É uma cooperação mútua”, explicou o delegado José Pedro Costa da Silva, titular da 22ª DP.
Integrante da Polícia do Exército, o Labrador Athos, 6 anos, foi o responsável por localizar dois fuzis — um AK-47 e um 556 —, além de partes de uma metralhadora ponto 30 em uma parede falsa. Especialista em faro de drogas e armas, o cão estava com a tenente veterinária Juliana Varela, do 1º Batalhão de Polícia do Exército, que dava apoio à Força-Tarefa Sampaio.
Além do armamento, a operação terminou com a apreensão de binóculos, rádios de comunicação, granada de efeito moral e R$ 499 em espécie, além de 326 trouxinhas de maconha, 63 pedras de crack e 1.030 papelotes de cocaína.
‘Alerta é comum nas ações’
As operações com carro de som alertando os moradores é uma prática comum nas operações no Complexo do Alemão, de acordo com o relações públicas da Força de Pacificação, major Marcus Vinícius Bouças. Segundo ele, as mensagens no alto-falante servem para orientar a população e explicar o que está ocorrendo.
Há várias gravações utilizadas pelos militares. São mensagens usadas desde o início da ocupação e geralmente reforçam que o Exército está em missão de pacificação para manter um ambiente seguro.
“Sua atitude é fundamental para o bem de todos. Ajudem a Força de Pacificação a ajudar vocês e sua comunidade”, diz um dos textos apresentados a O DIA pelo oficial. Na maioria das mensagens, os militares pedem a colaboração dos moradores para que não interfiram nas ações da tropa.
Especialistas, ONGs e parlamentares ficam indignados com a operação
A mensagem que determinava que moradores ficassem em casa com portas e janelas fechadas causou indignação em especialistas de segurança.
“Na prática, o Exército determinou um toque de recolher aos moradores, que não têm obrigação de obedecer. Mas o próprio Exército avisa que quem não obedecer vai ser tratado como inimigo. Ou seja, é um absurdo, é grave”, afirma o sociólogo Ignácio Cano, especialista em violência pública da Uerj.
O deputado Marcelo Freixo é categórico. “É uma aberração. No Rio, dignidade tem CEP. Se o traficante ‘Polegar’ estivesse escondido em um condomínio da Barra, duvido que alguém daria um mandado de busca para todo condomínio. Não sou contra operação no Alemão, mas contra a forma que é feita”, disse.
Coordenador da ONG Observatório de Favelas, Jailson de Souza e Silva também criticou o teor da mensagem. “É um desrespeito aos direitos fundamentais. O estado está tratando 100% da população de uma região como potencial criminoso”.

Fonte: Jornal O Dia


A Secretaria da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo (SAP-SP) realizará concurso com 1000 vagas para Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária (AEVP). O salário será de R$ 1.679,78 em jornada de 12 horas seguidas de trabalho por 36 horas seguidas de descanso ou 12 horas de trabalho por 24 horas de descanso, sendo que a jornada seguinte será de 12 horas de trabalho por 48 horas de descanso.
REQUISITOS
Para concorrer, o candidato deverá ter no mínimo 18 anos e no máximo 40 anos, ter estatura mínima de 1,65m, possuir Ensino Médio Completo ou equivalente e possuir Carteira Nacional de Habilitação categorias B, C, D ou E.
INSCRIÇÕES
Os interessados em participar do concurso poderão se inscrever, no período de 31 de outubro a 7 de dezembro de 2011, no site www.vunesp.com.br. A taxa de inscrição será de R$ 45,00.
PROVAS
Segundo a Vunesp, organizadora responsável pelo concurso, os candidatos serão avaliados por meio de prova objetiva, prova de aptidão psicológica, condicionamento físico e comprovação de idoneidade e conduta ilibada na vida pública e na vida privada.
Os candidatos habilitados e remanescentes do concurso público para Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária realizado na conformidade do Edital nº 021/2008,, terão preferência à nomeação durante o prazo de vigência do Concurso Público.
Esse concurso terá a validade de dois anos, mas poderá ser prorrogado por igual período a critério da SAP.

Ficam reservados 5% (cinco por cento) das vagas em concurso, para candidatos portadores de necessidades especiais, nos termos da Lei Complementar nº 683, de 18 de setembro de 1992, alterada pela Lei Complementar nº 932, de 8 de novembro de 2002, desde que a deficiência seja compatível com as atribuições do cargo. O candidato que se julgar amparado pelo disposto na referida Lei Complementar nº 683, de 18 de setembro de 1992, alterada pela Lei Complementar nº 932, de 8 de novembro de 2002, concorrerá, sob sua inteira responsabilidade, às vagas reservadas aos candidatos portadores de necessidades especiais, obedecendo ao disposto no Capítulo 4 deste Edital.

Total de vagas (VAGAS) e os requisitos exigidos (REQUISITOS) são os estabelecidos na tabela seguinte:
CÓD
CARGO
VAGAS
REQUISITOS
001
Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária (sexo masculino)
1.000
1) ter 18 (dezoito) anos de idade, no mínimo, na data da posse;
2) ter, até a data do encerramento das inscrições (07.12.2011), 40 (quarenta) anos de idade, no máximo, independente de eventual prorrogação do período de inscrição;
3) ter estatura mínima, descalço e descoberto, de 1,65m, no dia da prova de cond. físico;
4) possuir Ensino Médio Completo ou equivalente, ministrado por escola oficialmente reconhecida (na data da posse); e
5) possuir Carteira Nacional de Habilitação - CNH - categorias "B", "C", "D" ou "E"(na data da posse).

As atribuições: desempenhar atividades de escolta e custódia de presos, em movimentações externas e a guarda das unidades prisionais, visando evitar fuga ou arrebatamento de presos. As atribuições de escolta e custódia envolvem as ações de vigilância do preso durante o período de tempo no qual se fizer necessário, sua movimentação externa ou sua permanência em local diverso da unidade prisional. As atribuições de guarda envolvem as ações de vigilância da unidade prisional nas muralhas e guaritas que compõem as suas edificações. Quando no exercício de suas atividades, o Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária fica autorizado a portar arma de fogo, obedecidos aos procedimentos e requisitos da legislação que disciplina a matéria.
 Amparado pela Lei Estadual nº 12.782, de 20.12.2007, o candidato terá direito à redução de 50% (cinquenta por cento) do valor do pagamento da taxa de inscrição, desde que CUMULATIVAMENTE atenda aos seguintes requisitos:
a) seja estudante regularmente matriculado em uma das séries do ensino fundamental ou médio, curso pré-vestibular ou curso superior, em nível de graduação ou pós-graduação; e
b) perceba remuneração mensal inferior a 2 (dois) salários-mínimos ou esteja desempregado.
3.9. O candidato que preencher, CUMULATIVAMENTE, as condições estabelecidas nas alíneas "a" e "b", do subitem 3.8., deste Edital, deverá solicitar a redução do pagamento da taxa de inscrição obedecendo aos seguintes procedimentos:
3.9.1. acessar, no período das 10 horas de 31.10.2011 às 23h59min de 01.11.2011, o "link" próprio da página do Concurso, no site da VUNESP (www.vunesp.com.br);
3.9.2. Preencher total e corretamente o requerimento de solicitação de redução de taxa de inscrição com os dados ali solicitados;
3.9.3. Imprimir o requerimento, assinar e encaminhar, até 03.11.2011, por SEDEX ou Aviso de Recebimento (AR), para a VUNESP (vide endereço no Anexo V deste Edital), indicando no envelope "Ref: Redução do valor da taxa de inscrição - Concurso da SAP - Secretaria da Administração Penitenciária - Edital nº 042/2011 - AEVP" - os seguintes documentos comprobatórios:
a) certidão ou declaração expedida por instituição de ensino pública ou privada, comprovando a sua condição estudantil; ou
a1) carteira de identidade estudantil ou documento similar, expedido por instituição de ensino pública ou privada ou por entidade de representação estudantil; e
b) comprovante de renda especificando perceber remuneração mensal inferior a 2 (dois) salários-mínimos; ou
b1) declaração, por escrito, da condição de desempregado (vide Anexo I deste Edital).
3.9.4. Os documentos comprobatórios citados nas alíneas "a" ou "a1" e "b", do subitem 3.9.3., deste Edital deverão ser enviados em cópia simples, se for o caso, e o documento comprobatório citado na alínea "b1", do subitem 3.9.3., deste Edital deverá ser enviado no original.
3.9.4.1. Não serão considerados os documentos encaminhados sem o impresso do requerimento de solicitação de redução da taxa de inscrição e/ou por outro meio que não o estabelecido no subitem 3.9.3. deste Edital.
3.9.5. O candidato deverá, a partir das 10 horas de 23.11.2011, acessar o site da VUNESP (www.vunesp.com.br), na respectiva página do Concurso, para verificar o resultado da solicitação pleiteada.
3.9.6. O candidato que tiver a solicitação deferida deverá acessar novamente o "link" próprio na página do Concurso, no site da VUNESP (www.vunesp.com.br), digitar o seu CPF e proceder à solicitação da inscrição, imprimindo o boleto bancário, bem como procedendo ao seu pagamento, com valor da taxa de inscrição reduzida, até às 16 horas de 07.12.2011.
 DAS PROVAS/FASES
O Concurso Público constará das seguintes provas/fases:
Prova Objetiva (1ª. Fase);
Prova de Aptidão Psicológica (2ª. Fase);
Prova de Condicionamento Físico (3ª. Fase); e
Comprovação de idoneidade e conduta ilibada na vida pública e na vida privada (4ª. Fase).

 Os testes a serem aplicados na prova de condicionamento físico são os seguintes:
9.13.1. FLEXO-EXTENSÃO DE COTOVELOS EM APOIO DE FRENTE SOBRE O SOLO - Posição inicial: deitado, em decúbito ventral (peito voltado ao solo), pernas estendidas e unidas e ponta dos pés tocando o solo, cotovelos estendidos, mãos espalmadas apoiadas no solo, com dedos estendidos e voltados para frente do corpo, com a abertura um pouco maior que a largura dos ombros, o corpo totalmente estendido. Execução:
a) Flexão dos cotovelos aproximando, o corpo alinhado, do solo em 5 (cinco) centímetros, sem haver contato com qualquer parte do corpo com o solo, a não ser a ponta dos pés e as mãos.
b) Extensão dos braços voltando à posição inicial, completando assim 1 (um) movimento completo.
c) A execução do teste deverá ser ininterrupta, não sendo permitido repouso ou pausa entre as repetições.
d) Caso, na flexão dos cotovelos, o corpo esteja desalinhado ou toque alguma parte do corpo no solo a contagem será encerrada.
e) O objetivo é repetir os movimentos corretamente o máximo de vezes possíveis, em 60 (sessenta) segundos. O teste é iniciado com as palavras "Atenção... Já!" e terminado com a palavra "Pare!". O número de movimentos executados corretamente em 60 (sessenta) segundos será o resultado obtido. O cronômetro deverá ser acionado ao ser pronunciada a palavra "Já" e travado na pronúncia de "Pare!".
9.13.2. RESISTÊNCIA ABDOMINAL - O avaliado coloca-se em decúbito dorsal (de costas voltadas para o chão), com o corpo inteiramente estendido, bem como os braços, no prolongamento do corpo, acima da cabeça, tocando o solo com as costas das mãos. Através de contração da musculatura abdominal, sem qualquer outro auxílio, o avaliado adotará a posição sentada, flexionando simultaneamente os joelhos. É requisito para a execução correta do movimento que os braços sejam levados à frente estendidos e paralelos ao solo, e ainda que a linha dos cotovelos ultrapasse a linha dos joelhos durante a flexão. Em seguida, o avaliado retorna à posição inicial até que toque o solo com as mãos, completando um movimento, quando então poderá dar início à execução de novo movimento. O teste é iniciado com as palavras "Atenção... Já!" e terminado com a palavra "Pare!". O número de movimentos executados corretamente em 60 (sessenta) segundos será o resultado obtido. O cronômetro deverá ser acionado ao ser pronunciada a palavra "Já" e travado na pronúncia de "Pare!". É permitido o repouso entre os movimentos, sem interrupção da cronometragem do tempo previsto.
9.13.3. CORRIDA DE 50 METROS - O avaliado deve posicionar-se atrás da linha de largada, preferencialmente em afastamento ântero-posterior das pernas, devendo o pé da frente estar o mais próximo possível da referida linha. Ao ser dada a voz de comando "Atenção...Já!", momento em que é acionado o cronômetro, o avaliado deverá percorrer, no menor período de tempo possível, os 50 (cinquenta) metros existentes entre a linha de largada e a linha de chegada. A marcha do cronômetro será interrompida quando o avaliado ultrapassar a linha de chegada com o tórax. O teste deve ser desenvolvido em pista de atletismo ou em área de superfície plana convenientemente demarcada. Caso ocorra a necessidade de se repetir o teste, haverá um intervalo mínimo de 5 (cinco) minutos. O resultado do teste será indicado pelo tempo utilizado pelo avaliado para completar o percurso, com a precisão de centésimos de segundo.
9.13.4. CORRIDA EM 12 MINUTOS - O avaliado deve percorrer em uma pista de atletismo ou em uma área demarcada e plana, a maior distância possível, com precisão de dezena de metro (10 em 10 metros completos), em 12 (doze) minutos, sendo permitido andar durante o teste. O teste terá início através da voz de comando "Atenção...Já!" e será encerrado através de dois silvos longos de apito no 12º minuto. Aos dez minutos de corrida será emitido um silvo longo de apito para fins de orientação aos avaliados, avisando que faltam dois minutos. Ao término da prova o candidato não deverá caminhar para frente do local correspondente ao apito de 12 minutos, podendo caminhar transversalmente ao percurso da pista.
9.14. A prova de condicionamento físico, de caráter eminentemente eliminatório, terá notas atribuídas na escala de 0 (zero) a 100 (cem) pontos, conforme consta da Tabela de Pontuação do subitem 9.21. deste Edital.
9.15. A nota da prova de condicionamento físico corresponderá à somatória dos pontos obtidos nos quatro testes de aptidão física.
9.16. Da avaliação dessa prova, resultará conceito "APTO" ou "INAPTO".
9.17. Para ser considerado "APTO" na prova de condicionamento físico o candidato deverá obter, no mínimo 10 (dez) pontos em cada um dos testes definidos nos subitens 9.13.1. até 9.13.4. deste Edital, bem como perfazer/obter nota igual ou superior a 170 (cento e setenta) pontos.
9.17.1. O candidato que não obtiver a pontuação mínima em qualquer um dos testes definidos nos subitens 9.13.1. a 9.13.4. deste Edital, será considerado "INAPTO", independentemente das demais pontuações, sendo automaticamente eliminado dos testes subsequentes.
9.18. Os candidatos considerados "INAPTOS" serão excluídos do Concurso. 9.19. Nenhum candidato considerado inapto será submetido a novo exame ou prova, e nem haverá reexame ou reavaliação.
Os desempenhos dos candidatos em cada teste de condicionamento físico serão transformados em pontos conforme tabela a seguir:
TESTES
IDADE/PONTOS
Apoio de Frente
Abdominal
Corrida 50 m
Corrida12 minutos
De 21 a 25 anos
De 26 a 30 anos
De 31 a 35 anos
De 36 a 40 anos
41 anos
04
16
9"75
1500 m
0
0
0
0
0
06
18
9"50
1600 m
0
0
0
0
10
08
20
9"25
1700 m
0
0
0
10
20
10
22
9"00
1800 m
0
0
10
20
30
12
24
8"75
1900 m
0
10
20
30
40
14
26
8"50
2000 m
10
20
30
40
50
16
28
8"25
2100 m
20
30
40
50
60
18
30
8"00
2200 m
30
40
50
60
70
20
32
7"75
2300 m
40
50
60
70
80
22
34
7"50
2400 m
50
60
70
80
90
24
36
7"25
2500 m
60
70
80
90
100
26
38
7"00
2600 m
70
80
90
100
100
28
40
6"75
2700 m
80
90
100
100
100
30
42
6"50
2800 m
90
100
100
100
100
32
44
6"25
2900 m
100
100
100
100
100
9.22. A pontuação máxima possível para cada um dos 4 (quatro) testes é de 100 (cem) pontos, conforme estabelecido na tabela constante no subitem 9.21. deste Edital.
9.23. A interpolação de pontos, em relação à tabela constante do subitem 9.21. deste Edital será feita da seguinte forma:
a) flexo-extensão de cotovelos em apoio de frente sobre o solo: 5 (cinco) pontos por movimento completo;
b) resistência abdominal: 5 (cinco) pontos por movimento completo;
c) corrida de 50 metros: - 0,4 (menos quatro décimos) ponto a cada 0,01 (um centésimo segundo);
d) corrida em 12 minutos: 1 (um) ponto para cada 10 (dez) metros percorridos.
CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS DA PROVA OBJETIVA
LÍNGUA PORTUGUESA - Leitura e interpretação de diversos tipos de textos (literários e não literários). Sinônimos e antônimos. Sentido próprio e figurado das palavras. Pontuação. Classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição e conjunção: emprego e sentido que imprimem às relações que estabelecem. Concordância verbal e nominal. Regência verbal e nominal. Colocação pronominal. Crase.
MATEMÁTICA - Operações com números reais. Mínimo múltiplo comum e máximo divisor comum. Razão e proporção. Porcentagem. Regra de três simples e composta. Média aritmética simples e ponderada. Juro simples. Equação do 1.º e 2.º graus. Sistema de equações do 1.º grau. Relação entre grandezas: tabelas e gráficos. Sistemas de medidas usuais. Noções de geometria: forma, perímetro, área, volume, ângulo, teorema de Pitágoras. Raciocínio lógico. Resolução de situações-problema.
CONHECIMENTOS GERAIS - Questões relacionadas a fatos políticos, econômicos, sociais e culturais, nacionais e internacionais, ocorridos a partir do 1º semestre de 2011, divulgados na mídia local e/ou nacional.
ANEXO III - PERFIL PSICOLÓGICO
Na prova de aptidão psicológica serão verificadas características do candidato, com relação a:
- bom relacionamento interpessoal e controle emocional;
- boa resistência à fadiga psicofísica;
- controlado nível de ansiedade;
- bom domínio psicomotor;
- adequada capacidade de improvisação;
- controlada agressividade e adequadamente canalizada;
- bom nível de atenção e concentração;
- adequada impulsividade;
- ausência de sinais fóbicos e desrítmicos;
- elevada flexibilidade de conduta;
- boa criatividade e elevada disposição para o trabalho;
- elevado grau de iniciativa e decisão (autonomia);e
- excelente receptividade e capacidade de assimilação.

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